17 de mar. de 2013

O seu nome virou preto e branco

Clandestinidade (Fernando Namora)

Secreto me acho 

e secreto me sentes 
quando 
secreto me julgas, 
Impuro me reconheço 
quando 
o nosso silêncio 
são vozes turbas. 
Dúbio é o desejo 
quando 
não é transparente 
a água em que se deita 
precavidamente. 
Clandestinos somos 
quando 
o que somos 
teme a face que pesquisa. 
Os olhos são claros 
quando 
a superfície do espelho 
é lisa. 

-
É com esse poema começo a noite de hoje... 

Sinto que estamos progredindo. Porque o tempo está passando, sem muita ansiedade, sem muita expectativa, com vontade de provar um pouco mais... Roubar e que não seja dele. Só que é claro tudo um segredo...
Negar isso seria mentir pra mim mesma, então que fique claro. Tudo passa por fases, como foi dito ontem "Me parece muito ser segura". "Ser" é muito completo, diga-se aparenta... porque ainda não estou totalmente formada, ainda a muitas transformações. 

Abaixo um texto que fiz noites atrás que surgiu no decorrer da madrugada... Amador.




Um ponto final

Agora, que supostamente vou começar um parágrafo novo. 

Preciso despejar-te em algum lugar, como agora, neste instante. 
Houve um lugar, uma ligação, um olhar, dois olhares, um abraço e seu desabafo.
Compartilhei meu pedaço e você deixou, ao acaso
Ao extinto masculino.
Perdeu e não quis recomeçar. 
Deixou-me esperando por uma resposta 
E ainda riu da minha ingenuidade. 
Feriu parte de minha alma e grande parte de sua integridade. 

Ao voltar para realidade você se perdeu na falsidade, 
Entregou um papel dizendo que era sua vontade. 
E minha bagagem? 
Você levou, me obrigou que recomeçasse
.





7 de mar. de 2013

2013


Não sei como começar esta volta.

Na verdade já faz um mês que estou nesse jogo. Talvez esteja lá por ver que meu tempo é livre. Livre até demais... Eu devia ter pego 5 livros mas entrei em uma emboscada.
Como dizer... Tantos pactos quebrados é algum tipo de aviso?
Quero tantas respostas em tão pouco tempo. Compreendo que estou ansioso, mas mesmo com toda essa pose definida, ainda sou uma criança. El niño, escondido, observador, esquisito... Curioso?
Um colo.

Nesse espaço que sobra, naquele canto que não está ocupado, você sente necessidade de um abraço daqueles que só uma pessoa mais velha para te guardar, tocar e chegar lá... Onde seus olhos não alcançam e essa experiência que você tanto admira... Nada mais é, a falta dela com seus inúmeros namorados.

Não me importo com a quantidade... De que adiantaria ter dois, três, algarismos?
Quero um que complete o espaço entre a cadeira e a mesa...
Pra dizer: “Completa.”?
É tudo muito grande. Eu queria ser grande, ter minha alma definida, meu olhar certeiro, não mexer no meu cabelos, rir menos, ter menos pressa e oferecer mais. Eu só consigo questionar...

Queria ter propriedade e dizer:
- Você se tornou um homem para mim. O mundo continuará sendo fisicamente maior, mas aos meus olhos e no meu coração farei que essa distância diminua toda vez que dividirmos o mesmo espaço.

Tenho mais uma, que posso arriscar também:
- Gostaria de ver-lo chorar e que esteja nas piores condições.
(Ele perguntaria: - Por quê?)
- Quero te ver arrasado!
(Ele riu e perguntou: - Por quê?)
- Iria te abraçar e fazer você pensar que parece 19 mas em um sentimento eu consigo ser 100%. (E meus olhos encheram de ternura líquida...)

É engraçado que mesmo sozinha, me sinto acompanhada. De rótulo namorando: em um relacionamento sério. Sim! Comigo mesma, minha família, minha mãe, meus estudos, meu trabalho, minhas viagens. Até agora se as contas não falham são quatro pessoas, dois futuros e uma liberdade.

 Tem espaço para mais alguém?
Eu me lembro de um ditado que talvez se aplique: “Coração de mãe sempre cabe mais um filho”... (Me perguntam: Você é mãe?)... Sem dúvidas, disse: - Quero ser! E comecei a ser de mim mesma até o dia de reencontrar a minha.

E por hoje é só!

Como você está romântica hoje...

Espere, vou bañarme... e verás como este romantismo acabará hoje...(23:43)